Quais os maiores incêndios do Brasil

O Brasil, infelizmente, carrega em sua história casos de incêndios com proporção mundial e inúmeras vítimas. O mais triste, é saber que muitas dessas tragédias poderiam ter sido evitadas.

Seja por negligência ou imprudência nas medidas de prevenção à incêndios, o Brasil coleciona desastres que resultaram em grandes perdas de bens e vidas.

Neste artigo, vamos dar uma olhada nos casos mais impactantes da história do Brasil, suas causas e consequências. Além disso, vamos também discutir medidas e políticas que poderiam ter sido implementadas para evitar tantas perdas.

Gran Circo Norte Americano

Local: Niterói – Rio de Janeiro

Número de vítimas: 503 fatais e mais de 800 feridos. Grande parte eram crianças.

Causa: considerado um dos maiores incêndios do Brasil devido seu número de vítimas. Foi um ato criminoso, orquestrado pelo “Dequinha”, Adilson Marcellino Alves. Ele trabalhou por alguns dias na montagem do circo e depois foi demitido. Adilson apresentava problemas mentais. Revoltado, jurou vingança e depois ateou fogo no circo.

Culpados: Adilson foi condenado a 16 anos de prisão e um período de internação no manicômio. Seus ajudantes, José dos Santos e Rosa dos Santos, foram condenados a 16 e 14 anos de prisão respectivamente.

Edifício Joelma

Local: São Paulo – SP

Número de vítimas: 191 fatais e mais de 300 feridos. Grande parte eram funcionários de um banco. 30 corpos não puderam ser identificados devido o alto nível de carbonização.

Causa: O incêndio começou em um dos aparelhos de ar condicionado do 12º andar do prédio. O alastramento do fogo se deu muito rapidamente devido a grande quantidade de produtos inflamáveis no local, como cortinas e carpetes.

Culpados: O locatário do imóvel, o Banco Crefisul, foi responsabilizado e 3 funcionários foram condenados. O Gerente administrativo, Kiril Petrov, foi condenado a 3 anos de prisão e os eletricistas, Alvino Fernandes e Sebastião da Silva Filho, condenados a 2 anos de prisão.

E empresa responsável pela manutenção elétrica do prédio, a Termoclima, e 2 funcionários também foram condenados. O proprietário, Walfrid George e o eletricista, Gilberto Araújo, a 2 anos de orisão cada.

Leia também: Os maiores incêndios em empresas ou edifícios no Brasil

Edifício Andraus

Local: São Paulo – SP

Número de vítimas: 16 fatais e mais de 330 feridos. O prédio tinha um heliponto e por isso, não foi pior, já que mais de 300 conseguiram ser salvas de helicóptero.

Causa: O fogo teve início no 2º andar do edifício e, provavelmente, foi causado por um cruto-circuito. O fogo se alastrou rapidamente e em 15 minutos já tinha consumido 6 andares do edifício.

Culpados: Nilson Cazzarini, gerente das Casas Pirani, condenado a 2 anos de prisão.

Leia também: Quais são os métodos de extinção de incêndios?

Boate Kiss

Local: Santa Maria – RS

Número de vítimas: 2ª maior tragédia do Brasil devido seu número de vítimas fatais. Foram 242 mortes e cerca de 680 feridos, grande parte de estudantes universitários da região.

Causa: No momento de uma apresentação de música, o vocalista da banca acendeu um sinalizador que deveria ser usado apenas em locais externos. Suas faíscas atingiram a espuma do teto que era usada como isolamento acústico. Tal espuma não tinha tratamento contra fogo, além de não ser aprovada pelos Bombeiros. Em menos de 4 minutos a fumaça densa repleta de cianeto (substância letal) tomou conta da boate e causou a maioria das mortes.

Culpados: Passados 10 anos da tragédia, ainda não houve julgamento. Réus no caso: Mauro Hoffman e Elissandro Spohr, sócios da boate e os integrantes da banca, Luciano Bonilha e Marcelo Santos. Todos os réus respondem pelos 242 homicídios e 636 tentativas, com dolo eventual (quando se assume o risco de matar).

Alojamento do Flamengo

Local: Rio de Janeiro – RJ

Número de vítimas: 10 mortes fatais (adolescentes que sonhavam em ser jogadores profissionais de futebol. Todos entre 14 e 17 anos; 3 sobreviveram, porém tiveram 35% do corpo queimado.

Causa: O incêndio se iniciou pouco antes do amanhecer, devido um curto-circuito em um dos aparelhos de ar condicionado dos quartos. Todos os adolescentes dormiam em containers que serviam como dormitório. A construção não estava autorizada pela legislação.

Culpados: Até o momento não tivemos condenados. Alguns acordos já foram fechados entre o time e parentes das vítimas.

Dicas de ações para prevenir incêndios

É importante sempre estar ciente dos riscos de incêndio nos dias de hoje. Por mais que ainda ocorram incêndios, é possível prevenir danos ainda maiores com algumas medidas simples. A boa notícia é que, com algumas ações simples, é possível impedir que incêndios como os citados acima ocorram. Por isso, separamos algumas dicas de ações para prevenir incêndios que podem ajudar.

  • Adote normas de segurança
  • Armazenamento correto dos materiais
  • Faça inspeções e manutenções periodicamente
  • Conscientização e treinamento dos funcionários
  • Tenha sistemas de detecção/extinção de fogo.

Leia também: O que é um projeto de prevenção e combate a incêndio?

Quais são os métodos de extinção de incêndios

Existem métodos diferentes de extinção de incêndio, cada um com suas peculiaridades que devem ser compreendidas e aplicadas no momento adequado. Em outras palavras, um método que funciona bem para um tipo de incêndio pode não funcionar tão bem para outro.

A importância de entender os métodos de extinção de incêndios

Tentar apagar um incêndio em um aparelho elétrico ou eletrônico usando o método da água, por exemplo, pode danificar não só o aparelho, mas também, na pior das hipóteses, causar uma descarga de energia, colocando sua saúde em risco.

Além dessa situação, existem várias outras que devem ser observadas para que i incêndio seja extinto adequadamente e com os recursos adequados. Por isso, preste atenção aos detalhes a seguir e entenda quando cada tipo de recurso deve ser usado.

Extinção do fogo

Antes de prosseguirmos, todos sabemos que alguns elementos, como combustível, comburente e calor, são necessários para que ocorra um incêndio, certo? E, para extinguir um incêndio, um ou mais dos elementos que compõem o incêndio devem ser removidos.

Para esse processo, temos os seguintes métodos de extinção: por resfriamento, isolamento, abafamento e química. Acompanhe cada um deles.

Extinção por resfriamento

Este método de extinção de resfriamento envolve a redução da temperatura e, como resultado, a redução do calor.

O objetivo é fazer com que o combustível pare de produzir fumaça e vapores e, eventualmente, apague.

O agente mais comum e amplamente utilizado é a água.

Extinção por abafamento

Este método de extinção por abafamento consiste em evitar que o COMBURENTE (muitas vezes oxigênio) permaneça em contato com o combustível.

Extinção por isolamento

Trata-se do método de extinção do fogo através da retirada do combustível através de duas técnicas:

  • Retirando o material que já está queimando;
  • Retirando o material próximo ao fogo e que entrará em combustão por propagação.

Extinção química

Finalmente, mas certamente não menos importante, o método de extinção química. É um método que combina um agente químico com uma mistura inflamável, fazendo com que a mistura aja, transformando-a em uma mistura não inflamável.

É fundamental entender não apenas o fenômeno do fogo, mas principalmente seus métodos de extinção. No entanto, se um incêndio escapar ao controlo, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado.

Por fim, além de aprender técnicas de extinção, invista em um SDAI (Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio) para maior segurança contra incêndio.

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Como se classificam os incêndios

Para prevenir e também combater incêndios com segurança e eficiência, é fundamental conhecer os diversos tipos de incêndios e entender um pouco sobre cada um.

Por que é vital entender as classes de incêndios?

Não é comum imaginar extintores e mangueiras quando se pensa em combater incêndios? No entanto, poucas pessoas estão cientes de que existem vários tipos de incêndio e que é necessário entendê-los para que possa combatê-los.

Confira as classes:

Classe A

Ocorrem em materiais sólidos, tais como: algodão, tecido, borracha, papel e madeira. Deixar resíduos, como carvão e cinzas, é sua principal característica.

Devem ser combatidos com extintores à base de água (H2O) ou extintores à base de espuma. Estes criam um revestimento aquoso na superfície do combustível, resfriando, abafando e dificultando a reinicialização.

Classe B

São incêndios em gases inflamáveis, líquidos ​​ou sólidos que se liquefazem. Gasolina, óleo, parafina, querosene, graxas e tintas, por exemplo.

Para lidar com esse tipo de incêndio, não podemos usar água. É preciso um extintor de pó químico e gás carbônico. Ambos agem com abafamento e, consequentemente, interrompendo a combustão.

No entanto, em espaços pequenos, o uso de gás carbônico deve ser evitado, pois pode ser asfixiante.

Classe C

Estes ocorrem em equipamentos elétricos energizados como máquinas elétricas, geradores, transformadores, motores, quadros de força, equipamentos de informática e cabos.

Para combatê-los, recomenda-se o uso de extintor de pó químico ou de gás.

Com isso, o agente extintor não poderá ser um condutor de eletricidade, ou soluções aquosas como água ou espuma. No entanto, uma vez que a corrente elétrica for cortada, é seguro usá-las.

Classe D

Essa classe de incêndio está ligada aos metais pirofóricos, como o selênio, o magnésio, o zinco, o titânio, o urânio, o lítio, o potássio, o antimônio e o zircônio.

Seu controle precisa ser feito com com extintores de pó químico especiais, pois esses metais podem gerar oxigênio durante a combustão. Nenhum outro tipo de extintor é adequado para apagar incêndios dessa natureza, ok?

Classe K

Este incêndio pega em óleos vegetais ou gorduras animais. Normalmente acontece em equipamentos como fritadeiras, assadeiras, grelhas e geladeiras.

A melhor forma de combater este tipo de incêndio é com solução aquosa de acetato de potássio, que, quando em contato com o fogo, tem um efeito de saponificação que esfria e também isola o oxigénio do combustível.

Cuidados gerais

Agora que você aprendeu sobre todos os vários tipos de incêndios e como apagar cada um deles, é hora de aprender a usar o equipamento de combate a incêndio de forma eficaz.

Siga as dicas abaixo para obter os melhores resultados:

  • Independentemente de sua empresa ter chuveiros automáticos, você deve ter extintores portáteis para combater desde o início o fogo;
  • Os extintores precisam ser distribuídos adequadamente e passar por manutenções periódicas. Também é fundamental ter pessoal treinado no uso de equipamentos de combate a incêndios;
  • Somente extintores, mangueiras e hidrantes que atendam às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do INMETRO devem ser utilizados.
  • Seja qual for o tamanho da área ocupada, cada unidade predial precisa possuir, no mínimo, 2 extintores para cada pavimento;
  • Os equipamentos precisam ser colocados em áreas de fácil visualização, acesso e que haja menor chance do fogo bloquear a passagem.

Por fim, lembre-se de que prevenir incêndios é tão importante quanto saber como apagá-los ou reagir adequadamente quando eles acontecem.

E nada melhor do que contar com a estrutura e expertise de uma empresa como a Consultfire para garantir a segurança de todos.

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